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terça-feira, 31 de julho de 2018

Sobre os sentidos da palavra "ser" e a interpretação de Heidegger neste tema

 
Há pelo menos quatro sentidos da palavra ser:
1)      Existência ou existir. Exemplo: «Os homens são (existem)».
2)      Essência. Exemplo: «O ser é uno, imóvel, esférico.» A definição clássica de Parménides é simultaneamente essencialista («O ser é uno, imóvel, imutável, contínuo») e existencialista («O ser é»).
3)      Conexão de Essências. Exemplo: «O coelho é um ser vivo». As essências são «coelho» e «ser vivo». O ser traduz-se aqui na partícula de ligação «é», componente do predicado.
4)      Coisa ou unidade de determinações essenciais e inessenciais. Exemplo: «Este coelho branco, de focinho sujo» As determinações essenciais são «coelho branco» e «focinho» e as inessenciais são «sujo».

Destes sentidos do vocábulo «ser» e das flexões verbais «foi»/ «foram», «era»/«eram», «é»/ «são», «será»/ «serão», etc há dois que são nitidamente quiditativos, isto é, determinativos do quid ou quê de algo: a essência e a coisa. Os outros dois, existência não é quiditativo e conexão ou relação é um misto de quiditativo e entitativo.

Heráclito e Parmênides

Heráclito

Heráclito nasceu em Éfeso, cidade da Jônia, de família nobre. Desprezava a plebe. Recusou-se intervir na política. Manifestou desprezo pelos antigos poetas, contra os filósofos de seu tempo e até contra a religião. Heráclito escreveu um livro Sobre a Natureza, ele recebeu o nome de "o obscuro". E é considerado o mais eminente pensador pré-socrático.
O principio universal de Heráclito é que: tudo se move e que nada permanece estático. Panta Rhei, sua "máxima", significa " tudo flui" , tudo se move, exceto o próprio movimento. A designação mais exata que podemos usar é o devir. Ele exemplifica dizendo que, não podemos entrar duas vezes no mesmo rio, porque ao entrarmos pela segunda vez, não

quinta-feira, 26 de julho de 2018

Síndrome de sabe-tudo: o ego excessivo que impede o crescimento

Stephen Hawking dizia que “O maior inimigo do conhecimento não é a ignorância, é a ilusão do conhecimento.” Na verdade, a grande desgraceira dos dias atuais...o que tem de gente que resistem em buscar o conhecimento, não tá no gibi...alguns temem ler alguma coisa de Marx.... "será que vou me contaminar"....hum...e por falar em Marx....

 Pensando nisso, achei por bem abrir um espaço para entender o spin ignorante

 Via professor Cristiano Novaes Rezende, no Facebook


https://spinignorante.blogspot.com/



Lista de Livros: História da filosofia contemporânea – Ivan Luiz Monteiro

Seleção de Doney
Editora: Intersaberes
ISBN: 978-85-4430-308-5
Opinião: regular
Páginas: 244
       “A teoria da alienação fundamenta o materialismo histórico. De acordo com Marx, o modo de pensar (as ideias) e a consciência de determinado período histórico configuram-se a partir das ideias dominantes, que, por sua vez, são fruto das mentes que regem a economia e os modos de produção. Assim, a estrutura econômica (material) termina por ditar a consciência da superestrutura social (ideológica). Isso se mostra em A ideologia alemã. A Vida (in concreto), material no qual se fixa a produção, é a base do pensamento e da conduta dos homens em dado período histórico.
       A transformação ou o desenvolvimento dos meios de produção funcionam, para Marx, como condições para a mudança e o estabelecimento de novas ideias de dominação. Marx entende que o ser do homem (sua essência) se caracteriza pela atividade produtiva. Ao produzir os meios para atender as suas necessidades mais elementares, surgem outras necessidades. Sanadas as necessidades básicas (comer, vestir etc.), aparecem outros bens necessários, de cunho espiritual, por assim dizer. É por meio da constatação de que alguns apenas conseguem atender às necessidades básicas enquanto

domingo, 1 de julho de 2018

Palestra com Cristiano Rezende na 33a Bienal de SP

A Bienal ainda não liberou o vídeo das palestras.... pedi que publiquem, vai que atendem né...
Neste sábado (16/06) tem palestra aberta ao público no Pavilhão da Bienal! O professor Cristiano Rezende apresenta sua pesquisa sobre o filósofo holandês Baruch de Espinosa e sua definição de afeto. Inscreva-se: goo.gl/forms/Lh1QFOktha4QhcoL2






16 JUN 2018 - 16 JUN 2018

14:00 - 15:30
PAVILHÃO DA BIENAL • PARQUE IBIRAPUERA, PORTÃO 3 (ENTRADA PELA RAMPA EXTERNA)

Palestra com Cristiano Rezende

A palestra intitulada "Afeto, conhecimento e atenção em Espinosa: uma revolução copernicana na ética e na estética", aborda a pesquisa do professor Cristiano Rezende sobre o filósofo holandês Baruch de Espinosa, com foco nas relações entre experiência estética e afetividade. A partir da definição de afeto de Espinosa, a palestra discute como a vida afetiva se relaciona com a vida cognitiva, investigando os tipos de atenção vigentes nos diferentes gêneros de conhecimento ou modos de percepção do mundo.
INSCRIÇÕES ENCERRADAS

http://www.bienal.org.br/agenda/5118




Fortes D'Aloia & Gabriel
nvolvendo um novo projeto em vídeo, comissionado especialmente para a exposição.
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Tamar Guimarães has been announced as a participant of the 33rd Bienal de São Paulo Biennial - "Affective Affinities", curated by Gabriel Pérez-Barreiro. The artist is developing a new video project, specially commissioned for the show.
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#bienalsaopaulo Alexandre Wollner
Bienal São Paulo
há ± 2 meses
A Fundação Bienal lamenta o falecimento de Alexandre Wollner, referência para o design brasileiro e de íntima relação com a história da Bienal, tendo sido responsável pelos cartazes da 3ª e 4ª edições da mostra. Neste registro de 2012, Wollner contou um pouco sobre seu trabalho com base nos conteúdos do Arquivo Bienal.



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quinta-feira, 28 de junho de 2018

Confúcio, o humanista chinês

André Bueno

A escola dos letrados

A base mais segura para discutirmos o surgimento do antigo pensamento chinês esta afixada na figura do sábio Kungzi (VI a.C.), que os missionários portugueses do século XVI chamaram de Confúcio. Comprovado historicamente, e a primeira das figuras a indignar-se com a crise de sua época, Confúcio pregava a reestruturação social de sua civilização tendo como modelo o passado ideal dos Zhou, mas através de uma metodologia totalmente inovadora.

Embora se visse desta forma, a idéia de resgatar o passado não lhe transformava num conservador marcado: Confúcio examinou as causas da corrupção de sua sociedade, e concluiu que a degradação era promovida pelo não cumprimento das vontades da natureza (Tian). O desconhecimento dessas causas era gerado pela falta de educação, e, por conseguinte, para que as pessoas pudessem compreender o caminho (Dao), era necessário que estudassem. Estudando, podiam entender como funcionava a sociedade, os costumes, e assim sendo, poderiam segui-los. No entanto, o próprio Confúcio achava que sua proposta ética não podia pautar-se em nenhum critério religioso: “se não se sabe servir em vida, como podemos esperar compreender a morte?” (LY, 11:2)

terça-feira, 12 de junho de 2018

Icaro, asas de cera....

ICARO
 
 
 
              Frederick Leighton - Icaro
    
 
 

 
 
MITOLOGIA
 
 
 
 
Dédalo e Ícaro
 
 
 
Na mitologia grega, Ícaro era filho de Dédalo, um dos homens mais criativos e habilidosos de Atenas, conhecido por suas invenções e pela perfeição de seus trabalhos manuais, simbolizando a engenhosidade humana.
Um de seus maiores feitos foi o Labirinto, construído a pedido do rei Minos, de Creta, para aprisionar o Minotauro. Por ter ajudado a filha de Minos a fugir com um amante, Dédalo provocou a ira do rei que, como punição, ordenou que ele e seu filho Ícaro fossem jogados no Labirinto.
Dédalo sabia que a sua prisão era intransponível, e que Minos controlava mar e terra, sendo impossível escapar por estes meios. "Minos controla a terra e o mar", disse Dédalo, "mas não o ar. Tentarei este meio".
Dédalo projetou asas, juntando penas de aves de vários tamanhos, amarrando-as com fios e fixando-as com cera, para que não se descolassem. Foi moldando com as mãos, de forma que estas asas se tornassem perfeitas como as das aves.
Estando o trabalho pronto, o artista, agitando suas asas, se viu suspenso no ar. Equipou Ícaro e o ensinou a voar. Então, antes do vôo final, advertiu seu filho de que deveriam voar a uma altura média, nem tão próximo do sol, para que o calor não derretesse a cera que colava as penas, nem tão baixo, que o mar pudesse molhá-las. 
Eles primeiramente se sentiram como deuses que haviam dominado o elemento ar. Ícaro deslumbrou-se com a bela imagem do sol e, sentindo-se atraído, voou em sua direção, esquecendo-se das orientações de seu pai. A cera de suas asas começou rapidamente a derreter e logo Ícaro caiu no mar.
Quando Dédalo percebeu que seu filho não o acompanhava mais, gritou:
"Ícaro, Ícaro, onde você está?".
Logo depois, viu as penas das asas flutuando no mar. Lamentando suas próprias habilidades, chegou seguro à Sicília, onde enterrou o corpo e chamou o local de Icaria em memória de seu filho.

Dédalo e Ícaro, os limites para sonhar




Em Atenas, Dédalo era um artesão e engenheiro famoso. Todos conheciam a sua arte e ele tinha fama em toda Grécia. Os mais poderosos reis queriam adquirir as suas esculturas ou viver nos majestosos palácios e edifícios que ele construia. Com tantas encomendas, Dédalo já não conseguia atender a todos os pedidos e para aliviar a grande sobrecarga, o artista decidiu ter um aprendiz em sua oficina, seu sobrinho Talo.

Dédalo ensinou ao jovem todos os segredos das artes da cerâmica, da arquitetura e da escultura. Aos poucos, Talo mostrou-se um excelente aprendiz e um genial artista, e com sua criatividade inventou o torno de oleiro. Dédalo sentiu uma profunda inveja por não ter sido ele o criador do invento. A cada dia, Talo inventava algo. Certa vez, ao ver os dentes pontiagudos de uma serpente, ele teve a inspiração para inventar o serrote. Passado algum tempo, Talo inventou o compasso e outros inventos para a produção das armas, tijolos e vestimentas dos atenienses.

Dédalo e Icaro



Queridos leitores. Ícaro é o filho de Dédalo, um artesão famoso, patrono dos técnicos na Grécia Antiga. Dédalo colocou em seu filho Ícaro asas feitas de cera de abelhas e penas de gaivotas. O motivo? Para que eles, Dédalo e Ícaro, pai e filho, pudessem fugir da Ilha de Creta. Queriam escapar do labirinto onde estava o Minotauro, aquele metade homem e metade touro, e que se alimentava de carne de jovens atenienses.

Ao colocar as asas em seu filho Ícaro, aconselhou: “Filho, voe moderadamente. Não voe alto se não o sol derreterá a cera e você cairá. Não voe muito baixo se não as ondas do mar o apanharão ou então a umidade pesará suas penas e você não chegará ao destino”.

E os dois foram. Dédalo voou moderadamente e chegou ao destino, mas viu seu filho Ícaro em êxtase, deslumbrado com a invenção e quanto mais alto voava e se exibia, mais a cera derretia. Até que a cera derreteu totalmente e Ícaro caiu no mar.

Com essa estória, que faz parte da mitologia grega, minha intenção é instigar seu raciocínio perguntando: por que se fala mais de Ícaro do que de Dédalo? Por que se fala tanto da queda e pouco se fala do sucesso de Dédalo que voou moderadamente e chegou são e salvo ao seu destino?

É possível que alguns pensem que algumas pessoas são advertidas pelos mais velhos ou por profissionais experientes a seguirem sua jornada mais devagar, sem se deslumbrar. Será que há necessidade de voar tão alto?

Penso que um grande número de pessoas, principalmente aquelas que estão na corrida do ouro, provavelmente estão se afastando tanto da sua essência, da sua estrutura do pensamento, que dificilmente acharão sozinhas o caminho de volta.

Às vezes me pego correndo, voando veloz e alto e me pergunto: correr tanto e tão alto para que, para chegar aonde?

Isso é assim para mim hoje.

Beto Colombo

Mito de Ícaro - Filosofia


Ícaro era filho de Dédalo e de uma escrava de Perséfone Náucrete,exilado por ser acusado de matar seu sobrinho Talo,refugiou-se em Tebas,junto ao rei Minos.

Após o nascimento do Minotauro foi construído o labirinto no qual o monstro foi prendido.Tempos depois,o Minotauro foi morto por Teseu.

Após a morte do Minotauro,Dédalo e seu filho Ícaro foram presos no labirinto,com isso Dédalo teve a idéia de construir asas artificiais feitas de cera de abelha e penas de diversos pássaros,para ele e seu filho escaparem do labirinto.


Antes de fugir Dédalo alertou seu filho que não voasse muito perto do sol para não derreter a cera das asas e nem muito perto do mar,pois assim as asas ficariam pesadas e cairão.Mas Ícaro encantado pela beleza do sol e junto ao  seu sonho de chegar o mais próximo  do sol possível,ele voou mais e mais perto do sol esquecendo das instruções de seu pai e logo a cera de suas asas começaram a derreter rapidamente e antes de Dédalo perceber Ícaro já estava caído no mar de Egeu e logo morreu afogado.

Como afetou a realidade?

Para nosso grupo este mito pode ter afetado a realidade através de desejo do ser humano em superar coisas impostas para ele,Querendo ir além de seus limites,sempre querendo mais e mais.Isso afetou o ser humano porque quanto mais os ser humano tem mais ele quer,nunca e suficiente e pelo visto nunca vai ser.Criando algumas vezes em sua mente uma ganância ou seja por um bem material ou seja por alguém.



O Mito de Ícaro


Arquivado em Mitologia | 109.228 visitas |Tags: autoconhecimento, mitologia grega

Ao revisar os mitos, encontramos a história da humanidade, com suas imperfeições, erros e acertos; aquilo que nos define como seres divinos e ao mesmo tempo tão frágeis e mortais… essas duas perspectivas da natureza humana se enlaçam nos contos e lendas de todas as tradições. Mas talvez a que nos seja mais familiar, pela herança cultural do ocidente, esteja na mitologia grega. Neste artigo vamos estudar mais um personagem que nos ensina uma incrível lição de vida.

O jovem Ícaro é filho de Dédalo, famoso inventor grego, responsável pela criação do labirinto de Creta, que abrigava o temível Minotauro, criatura que, de certa forma, ele mesmo contribuiu em trazer ao mundo, pois foi Dédalo quem construiu a estrutura dentro da qual entrou Pasífae para ser possuída pelo touro do rei Minos (seu marido), como castigo enviado por Poseidon por ter se negado a sacrificar aquele animal.

Dédalo participou uma vez mais nos mitos gregos quando ajudou Ariadne a tirar Teseu de dentro do labirinto de Creta, logo após este derrotar o Minotauro. Ao saber de sua traição, o rei Minos o aprisionou, junto com seu filho Ícaro e é nesse ponto que inicia nossa narrativa.

Mitologia Grega: O Vôo de Ícaro e Dédalo (O mito que inspirou o homem a voar) Ep.13




Foca na História
Publicado em 21 de abr de 2016
Mitologia Grega: Conheça a História de Ícaro e Dédalo. Um dos mais conhecidos mitos da mitologia grega, que por séculos inspirou o homem a voar.

Voar, voar
Subir, subir
Ir por onde for
Descer até o céu cair
Ou mudar de cor
Anjos de gás
Asas de ilusão
E um sonho audaz
Feito um balão...

O mito de Ícaro - Mitos e Filosofia, Mitologia Grega



Serenissima Notte

Publicado em 23 de mar de 2018

Hoje atendo a um pedido da querida Emanuelle Marques, trazendo o mito grego de Ícaro.

Ícaro era filho de Dédalo, o inventor que, a pedido do Rei Minos, havia construído o labirinto na ilha de Creta para prender o Minotauro, o qual acabou por ser morto por Teseu (se você não conhece essa história, veja antes esse video: https://goo.gl/9eyzYC). Teseu conseguiu escapar do labirinto usando um fio para marcar o caminho, o qual lhe fora entregue pela princesa Ariadne. Ao saber que fora Dédalo que entregara o fio a Ariadne, Minos considerou-o traidor, e prendeu a ele e a seu filho no próprio labirinto. A engenhosidade de Dédalo acabou por encontrar uma saída para ambos. A euforia exagerada de Ícaro com a liberdade, porém, levou-o longe demais.

*

Deixo vocês com trechinhos de uma bonita análise desse mito, para refletirmos um pouco. Afinal, toda mitologia humana foi feita para que os humanos reflitam a partir de seus próprios arquétipos:

"As asas são o símbolo da criatividade e do potencial humano. Embora ambos tivessem asas, Dédalo e Ícaro as obtiveram de formas distintas. Ao passo que Dédalo as forjou, pena por pena, Ícaro as recebeu como herança paterna, ou seja, para Ícaro não foi uma construção, mas sim um presente.

As penas que formam as asas são coladas com a cera das abelhas, criaturas que simbolizam o trabalho paciente sobre a própria natureza. A cera de abelha representa o trabalho e principalmente a experiência obtida por meio desse trabalho. [...]

Ícaro representa aquele personagem que herdou uma grande capacidade, mas não possui a habilidade para usá-la adequadamente e a esbanja, correndo o risco de que, com seus excessos, possa ser jogado ao extremo oposto.  [...]

Outras vezes vamos encontrar este personagem encarnado como alguém de grande talento e potencial, mas que não se interessa em aprimorá-los, nem desenvolver os atributos morais para utilizar sabiamente tal capacidade. Tornam-se assim grandes potenciais encarcerados em sua própria auto-imagem de perfeição, mas que cedo ou tarde caem no tormentoso mar da vida porque não souberam encontrar um ponto de equilíbrio."

(FONTE: https://goo.gl/GNHgaA)

Ícaro e os riscos da liberdade




GGPadre

Publicado em 5 de jun de 2017

Falar da mitologia grega, de certa forma, é falar de nós mesmos, de nossas paixões e tentativas de explicar o mundo e a realidade. Cerca de três mil anos nos separam da mitologia. Ela precedeu a filosofia e, obviamente, as ciências modernas. Apesar dessa distância temporal, os deuses, semideuses, heróis e monstros que compunham esse universo encantado, não morreram. Eles ainda sobrevivem, na arte, literatura e no bom gosto. Com eles ainda podemos tirar lições e motivações para nossas vidas.

Assim, Orfeu continua a nos encantar com sua lira; Édipo nos faz refletir sobre o drama humano e Ícaro nos põe a pensar sobre o preço da liberdade...

Pensando nisso tudo, quis compartilhar com você algumas reflexões geradas a partir desse universo. Espero que você goste dessa sequência de pequenos vídeos. Seus comentários serão em vindos e desde já lhe agradeço. Não tenho pretensão de saber muita coisa. Por isso, conto com sua ajuda. Peço-lhe também que compartilhe os vídeos e se inscreva no Canal que, trata também, de outros assuntos.

Para gravar esses vídeos me apoiei nos seguintes livros:

1- BRANDÃO, Junito de Souza. Mitologia Grega (Três Volumes) Vozes,

Petrópolis,1993

2- BIERLEIN, J. F. Mitos Paralelos.RJ - Ediouro, 2003

3- BULFINCH, THOMAS, O Livro de Ouro da Mitologia, 29ª edição.

Ediouro, Rio de Janeiros, 2003

4- -- -- -- -- -- -- -- -- -, O Livro da Mitologia. 1ª Edição. São Paulo, Martin

Claret, 2013.

5- CAMPBELL, Joseph. O Poder do Mito. São Paulo. Palas Athena, 1990

6- DICIONÁRIO DE MITOLOGIA, Editora Best Seller. São Paulo, 2000.

7- FERRY, Luc. A Sabedoria dos Mitos Gregos – Aprender a viver. Rio de

Janeiro, Objetiva, 2009

8- FRANCHINI, A. S. As Cem Melhores Histórias da Mitologia. Deuses,

heróis, monstros e guerras da tradição Greco-romana. Porto

Alegre, L&PM, 2003

9- GRIMAL,Pierre. Dicionário de Mitologia Grega e Romana. 4ª Edição,

Bertrand Brasil, RJ – 2000.

10- HOMERO, Ilíada. Rio de Janeiro, Ediouro – 2001

11- -- -- -- -- -- -, Odisséia. Rio de Janeiro, Ediouro - 2001

sexta-feira, 4 de maio de 2018

A Cultura como Ideologia II

As duas realidades, por Marilena Chaui, via Márcia Denser

Um texto lido ontem a noite pela escritora Márcia Denser, como estou buscando reflexões sobre o que venha a ser realidade, esse texto chegou em boa hora...aliás, se há uma coisa que não se encontra no Youtube e no resto da rede,  é sobre a realidade: não há nada, exceto algumas coisas que não consegui engoli, da linha da auto-ajuda, mecânica quântica, nada contra, mas há limite né...

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A Cultura como Ideologia II
II
Embasada num texto de Marilena Chauí (Le Monde Diplomatique/2008), esta segunda parte recua no tempo e trata dos fundamentos do conceito de “cultura”. Para o Iluminismo no século XVIII, a palavra “cultura” é sinônimo de “civilização”. Aqui cultura é o padrão que mede o grau de civilização de uma sociedade, um conjunto de práticas - artes, ciências, técnicas, ofícios - através das quais se pode avaliar e hierarquizar os regimes políticos segundo um critério evolutivo. Já no século XX, com a filosofia alemã, o conceito passa por uma transformação decisiva quando “cultura” se torna a diferença entre “natureza” e “história”.
A cultura é ruptura com a natureza. A ordem natural é regida pelas leis da causalidade e diz respeito à sobrevivência, à chamada Primeira Realidade (Bystrina), mas a ordem humana é ditada pelo universo simbólico ou semiosfera ou Segunda Realidade, e significa a capacidade humana de relacionar-se com o “ausente” e o “possível” através da linguagem e do trabalho. A dimensão humana da cultura é um movimento de transcendência para ultrapassar o tempo da existência (a morte) e o espaço (o ausente).